A Copa do replay

Quinta-feira. Jogo de Copa, mata-mata. O árbitro marca penal para uma das equipes. A torcida, revoltada, começa a atirar objetos no campo, tenta uma invasão. No meio do burburinho e dos palavrões a patuleia urra: “Queremos VAR, queremos VAR!” O problema: o jogo em questão não era da Copa do Mundo, mas da Copa do Nordeste, Sampaio Correa x ABC (a equipe da casa teoricamente prejudicada). Não tem VAR por enquanto em terras brasileiras e, mesmo que tivesse, o pênalti foi bem marcado.

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A patuleia grita: “Queremos VAR!”

A questão aqui é como o tal árbitro de vídeo virou não só uma muleta para torcedores e jogadores, como personagem principal nesse junho de 2018. Tanto que o Brasil vai pegar o México (já em julho) e o que mais se fala do lado de lá é que Neymar precisa ser varilizado. O profe Osório disse que Neymar é kaikai (gostei, Lielson, adotarei). O capitão da equipe tricolor, Andrés Guardado, fez questão de desviar da pergunta feita para teorizar sobre o VAR e Neymar, passar recado para a arbitragem. Fica parecendo que estão mais preocupados com o vídeo do que com o adversário que enfrentarão. E o mais curioso nessa história é que o Brasil até agora não teve nenhuma vantagem com o VAR, pelo contrário.

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Denúncia: querem varilizar Neymar

Enquanto tergiversam sobre o vídeo, não falam sobre a tundra que tomaram da Suécia. Ou como marcarão o endiabrado “Phil Cutinho”, ou sobre como eles sentem perdendo sempre nas oitavas da Copa. Ou se já tem as férias planejadas começando na semana que vem.

Não percebem, usando uma análise psicológica de botequim, que já estão antecipando a própria derrota ao falar em desculpas, não em meios de ganhar. Pois futebol, ainda, se ganha nas quatro linhas e não no replay.

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